O Livro dos Fatores do Apego à Existência é o terceiro dos cinco livros dos Discursos Entrelaçados. Seu nome vem de seu primeiro saṃyutta, que é o dominante tanto em extensão quanto em importância, pois trata de um aspecto-chave dos ensinamentos. 
 A análise dos fatores de apego à existência representa o nível lógico de sistematização da experiência e é fundamental para a compreensão do sofrimento e descreve como estamos acorrentados ao Samsara. A experiência envolve cinco processos: qualia, reação emocional, percepção, situação condicional e cognição. O primeiro é o processo relacionado às entradas dos sentidos e os outros quatro são os processos de conceitualização. 
Os qualia são o resultado da codificação e do processamento das entradas das seis portas dos sentidos: visão, audição, olfato, paladar, tato e intelecto, e fornecem imagens, sons, cheiros, sabores, sensações táteis e ideias. A reação emocional é a primeira coisa que intervém por meio do sistema límbico e é o processo que traduz a experiência em agradável, desagradável ou indiferente. Uma experiência agradável incitará o apego e uma desagradável, a aversão. A percepção é o processo que dá significado à experiência. 
A situação condicional afeta a experiência a partir do momento em que a mesma experiência não é processada da mesma forma ao longo do tempo, dependendo do histórico anterior. Cada experiência mudará a situação condicional de modo que nenhuma experiência se repetirá. Nossa percepção do tempo é uma conceitualização da situação condicional. E, por fim, a cognição é o ato de conhecer. Como podemos ver, todos esses componentes são perecíveis e duram enquanto durar a experiência. Não temos nenhuma outra conexão com o Samsara além desses cinco elementos que, agrupados, chamaremos de qualia e conceitualização. Entenda que todos os cinco são condicionados e, portanto, perecíveis. Não temos controle sobre o que é condicionado. E não se pode dizer que aquilo sobre o qual não se tem controle seja "eu" ou "meu". E aquilo que não é nem eu nem meu, que é perecível e condicionado, é insatisfatório. E aquilo que é insatisfatório se torna fácil de abandonar. E ao abandoná-lo, você abandona o acorrentamento ao Samsara. 
Vemos que a consciência está se apegando à existência por meio desses cinco fatores de apego. A liberação é a desvinculação da consciência desses cinco fatores e constitui o objetivo final. Uma consciência desvinculada do Samsara é uma consciência livre e a liberdade é Nibbāna. 
Esse é o núcleo do Dhamma. Dos livretos restantes, três continuam com esse tema e o restante trata de vários assuntos secundários, alguns organizados por tema, outros por pessoas. É digno de nota o saṃyutta dedicado aos Nāgas, seres cujos corpos são descritos como os de serpentes, embora possam assumir a forma humana à vontade. Também aos Supaṇṇas, criaturas míticas imaginadas como aladas, consideradas inimigas dos nāgas, os Gandhabbas, uma classe de seres semidivinos que habitam o reino Cātummahārājika e são os mais baixos entre os devas, e os Valāhakas, que são os devas das nuvens que controlam o clima.